quarta-feira, 31 de outubro de 2007
AFIRMAÇÕES DE NOSSA FÉ
Iniciada por líderes e mártires como João Huss (1373-1415) e João Wycliffe (c.1329-1384), deflagrada por Lutero e seguida por Melanchthon (1497-1560), Zuínglio (1484-1531) e Calvino (1509-1564) e outros homens de Deus, a Reforma constituiu oportunidade para afirmar a fé cristã, tanto mais fiel quanto mais firmada nas Santas Escrituras. Os princípios de sola Scriptura, sola fide, sola gratia e solus Christus constituem leit-motiv da fé evangélica ao longo dos séculos.
É oportuno reafirmar nossa fé, em meio à incredulidade, violência e perda de rumo teológico e moral de nossos dias.
Pois bem.
Que nós cremos, como cristãos e evangélicos e, no meu caso, batistas? Ofereço ao leitor algumas afirmações de fé, com a indicação de porções bíblicas em que estão fundadas.
1. Cremos no Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. É em nome dessa bendita Trindade que fomos batizados e do Deus trino recebemos todas as bênçãos – (Mt 28.19,20; Ef 1.3-13).
2. Cremos num Deus misericordioso que nos salva por meio de Jesus Cristo, e só Dele – (1Tm 2.3-6).
3. Cremos que Jesus Cristo é o único mediador (solus Christus) entre Deus e os homens, os homens e Deus. Nem a mãe de Jesus, nem os apóstolos, nem seus ministros podem construir a ponte entre o homem e Deus. Só Jesus Cristo-Homem é o Mediador. (At 4.12; Jo 14.6; 1Tm 2.3-6). Temos livre acesso a Deus, por meio de Cristo, sem carecer de sacerdócio ou santos que nos aproximem do Eterno.
4. Cremos que a salvação é somente pela graça (sola gratia), sem os méritos humanos. Ela começa no ato de fé em Cristo, mediante a qual somos perdoados e declarados justos, porque revestidos da justiça de Cristo. O Espírito Santo passa a habitar em nós, concedendo-nos poder, dons e capacitação para servir. Ele nos santifica e produz em nós o fruto do Espírito, que é o caráter de Jesus Cristo. A salvação chegará à sua consumação, com nossa glorificação depois de sua volta gloriosa de nosso Salvador e Senhor. Nós nos preparamos para a 2ª Vinda de Jesus. (Ef 2.8,9; Rm 5.1,2; Ef 1.13,14; At 1.8; Gl 5.22, 23; At 1.9-11; Rm 8.16,17).
5. Reafirmamos crer que a salvação é somente pela fé (sola fide), em Jesus Cristo, mediante nosso arrependimento – (Ef 2.8; Mc 1.15).
6. Cremos que só as Escrituras constituem o registro fidedigno da revelação de Deus e única autoridade em matéria de fé e conduta (sola Scriptura) – (2Tm 3.16,17; 2Pe 1.19-21).
7. Cremos na igreja uma, santa e apostólica, como instituída por Jesus e da qual ele é o Cabeça único e insubstituível. Jesus é o Senhor dela, pois a comprou com seu próprio sangue – (Mt 16.18; Cl 1.16-20; At 20.28).
Num tempo como este, vale lembrar as palavras atribuídas a Voetius: Ecclesia Reformata semper Reformanda est. Isto é, a Igreja Reformada sempre sendo reformada, sempre submetida à reforma. Reforma não em decorrência ou imposição de modismos humanos, mas, sim, operada pelo próprio Deus. Reforma resultante de retorno decidido e corajoso às origens e fundamentos da Igreja em Jesus Cristo, único Senhor, e nas Escrituras Sagradas, nossa única regra de fé e conduta.
Parabéns à comunidade cristã e evangélica, do Brasil e de todo o mundo!
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
CARTA AOS SENADORES A RESPEITO DO PLC 122/2006
Ao saber que estaria na pauta das votações o Projeto de Lei Complementar 122/2006 que dispõe sobre condutas havidas como de discriminação dos homossexuais, escrevi carta pessoal aos senadores Aloísio Mercadante, Álvaro Dias, Cristovam Buarque, Delcidio Amaral, Eduardo Suplicy, Francisco Dornelles, Jarbas Vasconcelos, Jeferson Peres, José Sarney, Magno Malta, Marcelo Crivella, Marco Maciel, Pedro Simon, Romeu Tuma, Tasso Jereissati e Tião Viana, com o seguinte teor:
São Paulo, 23 de outubro de 2007
Excelentíssimo Senhor Senador:
Venho à presença de Vossa Excelência para informar que tenho acompanhado com atenção o cumprimento de seu mandato no Senado da República, sempre buscando o bem de nossa nação.
Sou cidadão brasileiro, adulto e responsável, professor e pastor há quase 50 anos, Presidente Emérito da Convenção Batista Brasileira, entidade a que presidi cinco vezes e que reúne uma comunidade de mais de dois milhões de brasileiros, somados os membros das igrejas e seus familiares não batizados, sou pai, avô e bisavô, e quero defender as liberdades fundamentais, o que desejo para mim, meus descendentes e meus concidadãos, do Brasil, de seu povo e suas instituições.
Dirijo-me a Vossa Excelência para manifestar minha imensa preocupação com o PLC 122/06, que tramita nessa Casa do Congresso Nacional, pois a norma que propõe não atende, como creio, condições mínimas de manter a paz e a boa ordem da sociedade brasileira, e pode criar, se aprovada, violência aos princípios básicos de liberdade de consciência, de liberdade de expressão e de liberdade religiosa.
Como negar, Excelência, o direito de um empregador manter em seus quadros de funcionários pessoas que tenham determinado perfil? Por exemplo, não fumantes, não inveterados no uso de bebida alcoólica ou homossexuais praticantes?
Como negar, Excelência, ao ministro religioso, seja sacerdote católico ou pastor evangélico, o direito e a liberdade de desde seus púlpitos e cátedras pregar e ensinar o amor de Deus a todas as pessoas, inclusive os homossexuais, mas também o plano e a vontade de Deus, à luz da Sagrada Escritura? Trata-se de questão ética e não de preconceito, de compromisso com Deus e não de discriminação.
Respeito, Excelência, a liberdade de alguém fumar, beber, prostituir-se ou entregar-se à prática homossexual, mas não sou obrigado a aprovar sua conduta. Nosso corpo – é o que a Bíblia ensina e nós cremos, pregamos e ensinamos – é templo do Espírito Santo, que não devemos poluir, aviltar ou mesmo destruir em decorrência do vício seja de drogas, de álcool, do fumo ou de uma sexualidade praticada de modo contrário aos propósitos de Deus.
Tenho compaixão, porque movido pela graça de Deus, de todas as pessoas que se desviam do plano Dele, mas prego há quase 50 anos um evangelho capaz de transformar, de libertar, de produzir uma nova criatura. E tenho visto milhares de vidas libertadas pelo poder do Evangelho de Jesus Cristo.
“Quem está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”.
Portanto, conclamo Vossa Excelência a votar contra o PLC 122/06.
Humildemente, informo a Vossa Excelência que se for aprovado esse Projeto de Lei, não mudarei minha posição ou negarei meu compromisso pastoral, e continuarei a pregar a verdade bíblica onde for convidado a proclamá-la, mesmo com risco de minha liberdade e até de minha vida.
Respeitosamente,
Irland Pereira de Azevedo
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Salve o Médico!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Dia da Criança
Quero por isso abraçar, beijar e abençoar, além de minhas bisnetas Deborah, Rebecca e Rachel, todas as crianças, neste seu dia, cumprimentando seus pais biológicos ou do coração, e a eles lembrando as necessidades de seus filhos. Adverte o Livro de Deus: “Pais, não irritem seus filhos, antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor”. (Ef 6.4).
Que a criança precisa? Que sua criança precisa?
Criança precisa de ambiente familiar, amigo e acolhedor.
Criança precisa de educação para a vida e o convívio na sociedade humana.
Criança precisa de educação moral e espiritual, em que assimile valores necessários à boa formação de seu caráter.
Criança precisa de disciplina, portanto, de limites.
Criança precisa de brincar e de relacionar-se com gente de sua idade. Não basta arranjar vídeo-games e oportunidade de atividades lúdicas, se ela ficar sozinha.
Criança precisa de carinho, do toque pessoal e amigo de seus pais e das pessoas com que se relaciona, na família e na escola. Não basta uma presença virtual.
Criança precisa de segurança, sorriso, aceitação e sentimento de pertença.
Criança precisa de modelos, de exemplos, pois aprende muito mais com os olhos que com os ouvidos, e especialmente quando se harmonizam em nós, adultos, o que dizemos com o que fazemos.
sábado, 6 de outubro de 2007
EU PERTENÇO A JESUS - Testemunho do melhor atleta do mundo.
Esse fato me fez lembrar o fim da Copa dos Campeões da Europa e o que escrevi a propósito desse grande atleta e seu gesto notável. Senti desejo aqui reproduzir o texto, com as alterações necessárias.
Impressionou-me naquele dia a conduta do jogador Kaká, ao fim da disputa da Champions League, em memorável partida realizada em Atenas, dia 23 de maio deste ano.
Enquanto outros atletas do Milan corriam e celebravam o notável triunfo sobre o Liverpool, da Inglaterra, Kaká levantou a camisa de seu time e mostrou a que estava debaixo, em que se estampavam as palavras: “I Belong to Jesus”, “Eu Pertenço a Jesus”.
Ele não se envergonhou de Seu Senhor. Ele afirmou, por outro lado, não pertencer a qualquer líder humano, mesmo o fundador e chefe de sua igreja. Ele afirmou, sim, que pertence a Jesus.
Pertence a Jesus, porque comprado por bom preço, o sangue do próprio Salvador por ele derramado no Calvário.
Pertence a Jesus, e não ao Brasil, à Itália, à torcida brasileira ou italiana, aos amantes de futebol em todo o mundo, ainda que amado e apreciado por todos.
Pertence a Jesus, e por isso sua conduta tem revelado um homem sério e digno, o que o torna respeitado e aplaudido por toda gente.
Pertence a Jesus, e por isso procura atuar com profissionalismo, dando o melhor de seu talento à excelência e integridade na vida e na busca de vitórias de seu time.
Pertence a Jesus, porque sabe que a maior felicidade humana não reside na fama, no dinheiro, no sucesso, mas no relacionamento pessoal com Jesus Cristo e na certeza da salvação garantida por Seu sacrifício redentor.
Pertence a Jesus, e por isso deseja que a Europa inteira, o mundo inteiro também pertençam a Jesus, mediante a fé pessoal nEle.
Quisera eu que todo crente, em momentos de aflição ou no alvoroço do triunfo, afirmasse sem acanhamento, sem tergiversação e a aproveitar toda oportunidade: “Eu pertenço a Jesus”.