Não obtive resposta à carta que enviei ao Senador Renan Calheiros em 12 de julho.
Acompanhei, atento, os acontecimentos relacionados com a sessão em que o Senado Federal julgou S. Excelência, absolvendo-o.
Com os anos de vida e de vivência da realidade brasileira, senti o dever de escrever, e escrevi, uma 2ª carta ao Senador das Alagoas, com cópia a alguns de seus pares. Fi-lo há uma semana, esperei pacientemente e até hoje também não obtive resposta.
Por isso, decidi publicar neste “blog” o conteúdo dessa missiva.
Faço-o, convicto de estar prestando serviço ao meu país e em paz com minha consciência.
Eis o teor da carta, ipsis verbis:
_______________________________________________________
São Paulo, 15 de setembro de 2007
Excelentíssimo Senhor
Senador Renan Calheiros
DD Presidente do Senado Federal
Senhor Senador:
É a segunda carta que envio a Vossa Excelência.
A primeira foi em 12 de julho, e nela sugeria que V. Exa abrisse mão do exercício da Presidência do Senado e permitisse ampla investigação que resultasse na comprovação de inocência, afirmada e reafirmada em suas declarações. Não obtive resposta.
Caso isso tivesse ocorrido, poderia V. Excelência agora voltar e reassumir a Presidência, sem o constrangimento que deve estar sofrendo, em face da opinião pública e do sentimento expresso por seus pares e correligionários no Senado.
Por outro lado, caso V. Excelência tivesse pedido sessão pública e votação aberta no Senado, para votação de seu processo, sua posição ter-se-ia agigantado diante do egrégio Senado Federal e da opinião pública brasileira, e quiçá internacional, inclusive deste eleitor atento aos sucessos da vida pública, sempre a desejar o bem e a prosperidade do Brasil.
Ocorrendo como foi a sessão, a portas fechadas e com voto secreto, o resultado do julgamento de seu processo no plenário do Senado constituiu, na verdade, uma vitória de Pirro. É o que escrevi hoje em meu blog. Senhor Senador: todos perdemos e sua vitória não logrou desnublar os céus da vida política no Brasil e acender em nosso coração esperança de dias melhores.
Ainda há esperança, todavia. Creio em Deus e peço novos dias para o Brasil.
Estou persuadido de que sua renúncia à Presidência do Senado poderá ainda recuperar parte da dignidade maculada ao longo desses meses de luta inglória e enorme sofrimento para V. Exa e todos nós.
Respeitosamente,
Pr. Irland Pereira de Azevedo.
Acompanhei, atento, os acontecimentos relacionados com a sessão em que o Senado Federal julgou S. Excelência, absolvendo-o.
Com os anos de vida e de vivência da realidade brasileira, senti o dever de escrever, e escrevi, uma 2ª carta ao Senador das Alagoas, com cópia a alguns de seus pares. Fi-lo há uma semana, esperei pacientemente e até hoje também não obtive resposta.
Por isso, decidi publicar neste “blog” o conteúdo dessa missiva.
Faço-o, convicto de estar prestando serviço ao meu país e em paz com minha consciência.
Eis o teor da carta, ipsis verbis:
_______________________________________________________
São Paulo, 15 de setembro de 2007
Excelentíssimo Senhor
Senador Renan Calheiros
DD Presidente do Senado Federal
Senhor Senador:
É a segunda carta que envio a Vossa Excelência.
A primeira foi em 12 de julho, e nela sugeria que V. Exa abrisse mão do exercício da Presidência do Senado e permitisse ampla investigação que resultasse na comprovação de inocência, afirmada e reafirmada em suas declarações. Não obtive resposta.
Caso isso tivesse ocorrido, poderia V. Excelência agora voltar e reassumir a Presidência, sem o constrangimento que deve estar sofrendo, em face da opinião pública e do sentimento expresso por seus pares e correligionários no Senado.
Por outro lado, caso V. Excelência tivesse pedido sessão pública e votação aberta no Senado, para votação de seu processo, sua posição ter-se-ia agigantado diante do egrégio Senado Federal e da opinião pública brasileira, e quiçá internacional, inclusive deste eleitor atento aos sucessos da vida pública, sempre a desejar o bem e a prosperidade do Brasil.
Ocorrendo como foi a sessão, a portas fechadas e com voto secreto, o resultado do julgamento de seu processo no plenário do Senado constituiu, na verdade, uma vitória de Pirro. É o que escrevi hoje em meu blog. Senhor Senador: todos perdemos e sua vitória não logrou desnublar os céus da vida política no Brasil e acender em nosso coração esperança de dias melhores.
Ainda há esperança, todavia. Creio em Deus e peço novos dias para o Brasil.
Estou persuadido de que sua renúncia à Presidência do Senado poderá ainda recuperar parte da dignidade maculada ao longo desses meses de luta inglória e enorme sofrimento para V. Exa e todos nós.
Respeitosamente,
Pr. Irland Pereira de Azevedo.
8 comentários:
Meu caro Pr. Irland,
Parabéns pela sua iniciativa. O povo evangélico precisa deixar sua condição absenteísta e demonstrar a necessidade da dar um jeito neste país do jeito.
Lourenço Stelio Rega
Faculdade Teológica Batista de São Paulo©
Meu caro Pastor Irland:
Fiquei muito feliz ao ler sua carta ao Senador Renan Calheiros.
Já era tempo de homens do seu calibre começarem a se manifestar sobre os graves problemas éticos que atingem a vida pública do nosso querido Brasil.
Grande abraço!
Pastor Adriano Pereira de Oliveira
Igreja Batista de Flórida Paulista, SP.
Pastor Irland. Como profeta de Deus proclame à nação os princípios que devem nortear a Ordem e o Progresso. Com a sua capacidade espiritual, moral e intelectual, Deus o convoca a participar da reconstrução dos alicerces da nação e, conseqüentemente, resgatar o brio do povo brasileiro. Não lhe faltará espaço nos meios de comunicação e nem a oração do povo de Deus, mormente dos batistas. Gilberto Mynssen Ferreira.
Prezado Pr Irland,
Creio que as cartas que o pr enviou ao Senador Renan Calheiros era um anseio não só dos evangélicos mas de muitas pessoas que ainda acreditam que podemos ver uma mudança na política do nosso país. Precisamos de pessoas que possam expor aquilo que nós evagélicos esperamos de nossos governantes.
Que Deus continue dando ao amado Pr sabedoria para analisar o nosso contexto e ousadia para se manifestar publicamente.
Pr João Marcos Mury Aquino
Igreja Batista em Barro Branco
São Fidélis/RJ
Pr. Irland,
A opinião é livre, mas a justiça precisa ser "pesada na balança".
Gostaria que o senhor postasse cartas e as divulgasse em seu blog no que diz respeito à nossa Denominação Batista.
Relativamente, aos desmandos ocorridos na JUERP, Seminário do Sul, instituições com gestões financeiras temerárias, Juntas que "encobriram" estes vários desmandos financeiros.
Se o senhor, usasse da "mesma medida" e publicasse uma carta a cada pastor que foi ou é "suspeito" destas administração temerárias, pedindo o afastamento dos mesmos de cada uma de suas funções ministerias até que o episódio se esgotasse e os isentasse em juizo ou fora dele.
Certamente, o senhor não faria isso pois feriria a nossa "autonomia", mas que seria interessante ver publicações de autoria do senhor, pedindo o afastamento nos mesmos termos em que pede ao Senador.
Apelando insistentemente para que todos os pastores que fazim parte de cada uma das juntas denominacionais que permitiram que tantos desmandos acontecessem, deixassem os seus pastorados.
Nada disto aconteceria, pois somente pelo episodio de uma de nossas grandes igrejas em Niterói, o senhor teria que pedir que o Pastor se afastasse de sua atual Igreja Batista na referida cidade e de uma Vice-Presidência da Convenção Batista Fluminense e ainda impedir que o mesmo figurasse como candidato à qualquer outro cargo na denominação
Pr. Irland, assim como o senhor sugeriu ao Senador da República, poderia usar da mesma medida com os nossos pares, divulgando cartas e pedindo o afastamento dos mesmos.
Parafreseando Pr Lourenço Rega, "o povo "..." BATISTA precisa deixar sua condição absenteísta e demonstrar a necessidade de dar um jeito nesta "..." DENOMINAÇÃO.
Pr. José Tarcizio
Igreja Batista das Agulhas Negras
Resende (RJ)
Prezado Pr. José Tarcízio:
Obrigado por seu comentário.
É possível que o irmão não me conheça bem. De certo, não sabe como procedi em todos os casos que refere em seu comentário. Não escrevi cartas on line, nem publiquei artigos em órgãos da imprensa denominacional, mas fiz o que recomenda Jesus em Mateus 18.15-17. Dirigi-me a eles pessoalmente ou através das entidades a que serviam. O irmão fez sua parte? Discutiu nos foros competentes para avaliar os problemas denominacionais para tentar equacioná-los e resolvê-los?
Esteja certo de que não tratarei de temas denominacionais em meu blog. Problemas de família a gente procura resolver em casa, e conforme critérios estritamente bíblicos e éticos. O irmão gostaria que problemas eventuais de sua igreja ou seu ministério fossem discutidos na internet ou na imprensa? Acredito que não. Preferiria que colegas e instâncias denominacionais os ajudassem, não é verdade?
Um abraço fraterno.
Pr. Irland.
Estimado Pr. Irland,
É com demasiado regozijo que, por entre seu blog, deleitei-me em algumas importantes reflexões bíblicas e também no seu empenho reflexivo.
Penso que a igreja deve oferecer críticas ao Estado, mesmo não tendo vínculo com ele. Acredito que, por causa das concepções teológicas libertárias que passamos a desenvolver, o papel profético de oferecer críticas deverá sempre estar presente em nossos ministérios da palavra.
Parabéns por sua carta ao Senador Calheiros.
Deus siga te abençoando, sempre!
Abraços,
Pr. Leandro Seawtight Alonso
PIB no Jabaquara - SP.
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